O fracasso do leilão de arroz da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) por suspeitas de corrupção deixou claro que o governo Lula não apenas tem ideias equivocadas, mas também é um absoluto desastre na execução.
Como resposta à enchente no Rio Grande do Sul, Lula decidiu gastar R$ 7 bilhões para importar arroz e vender nos mercados brasileiros. O fracasso do leilão por suspeitas de corrupção deixou claro que este governo não apenas tem ideias equivocadas, mas também é um desastre na execução.
Lula quer importar arroz sem necessidade
Não há risco de desabastecimento de arroz no Brasil. Segundo o governo do Rio Grande do Sul, a safra de arroz de 2023/2024 deve ser de aproximadamente 7.149.691 toneladas, valor muito próximo ao registrado na safra anterior, de 7.239.000 toneladas.
O governo Lula é irresponsável
O Brasil enfrenta uma grave crise fiscal. No ano passado, tivemos um déficit primário de R$ 250 bilhões e a previsão para este ano é de outro rombo próximo de R$ 100 bilhões. Mesmo assim, o governo planeja gastar R$ 7 bilhões comprando arroz através de um leilão pela Conab repleto de irregularidades.
Empresas sem capacidade técnica ou financeira para realizar essa importação participaram do leilão, levando ao seu cancelamento pelo governo. O próprio Lula admitiu que o leilão foi anulado por uma “falcatrua”.
O leilão de arroz Conab prejudica os produtores e cria dependência
Ao vender arroz subsidiado e abaixo do preço de mercado, o governo cria uma concorrência desleal para os produtores brasileiros e desestimula novas safras, tornando o Brasil permanentemente dependente do arroz importado e subsidiado.
A decisão de importar arroz é eleitoreira e populista
A compra de arroz no leilão não tem justificativa, especialmente considerando que o arroz seria vendido no varejo com embalagem própria, a preço tabelado e com a logomarca do governo federal, em pleno ano de eleições. Isso é uma clara política eleitoreira e até virou meme nas redes sociais.
Suspeitas de corrupção no leilão
O leilão de arroz da Conab foi realizado em 6 de junho e o governo comprou 263 mil toneladas de arroz. A lista das vencedoras do leilão chamou a atenção: das 4 ganhadoras, 3 não são empresas do ramo de importação.
Pior: o então secretário de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura e responsável pela compra, Neri Geller, é sócio do filho do ex-secretário em uma dessas empresas. Depois da descoberta, Neri Geller foi demitido.
Veja as empresas vencedoras do leilão do arroz:
- Icefruit: Uma fábrica de polpas de frutas em Tatuí/SP. Eles ofereceram 19,7 mil toneladas de arroz à Conab por cerca de R$ 98 milhões, apesar de não terem nenhuma experiência no setor de grãos.
- ASR Locação de Veículos e Máquinas: Localizada em Brasília/DF, a empresa é de propriedade de Crispiniano Wanderley, que já foi investigado por pagar R$ 350 mil em vantagem indevida ao deputado federal Alberto Fraga (PL-DF).
- Wisley A de Souza Ltda: Uma loja de queijos de Macapá/AP, que arrematou R$ 736 milhões no leilão. Estranhamente, o capital da empresa subiu de R$ 80 mil para R$ 5 milhões dias antes do leilão. Wisley já foi investigado pelo STF por fraudes e desvio de verbas, com histórico de sobrepreço em contratos com a Secretaria de Educação do Amapá.
A importância da vigilância
A pressão popular e a força das redes sociais foram fundamentais para o cancelamento do leilão de arroz desastroso. Isso demonstra a importância de manter a internet livre e sem censura, para que casos de corrupção possam ser expostos e combatidos.